Vésperas Solene | Condecoração Mons. João Pedro Pizzaballa

 VÉSPERAS SOLENE


ENTREGA DO BARRETE E DA BULA DE
CONDECORAÇÃO AO COLÉGIO DOS
PROTONOTÁRIOS

BASÍLICA DE SÃO PEDRO – ROMA – XIII.V.MMXXV

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PROCISSÃO DE ENTRADA

1.Estando todos em seus devidos lugares, usando a veste coral que lhes é devida, o presidente adentra pelo corredor principal do Altar da Cátedra acompanhado por dois ministros auxiliares e pelos cerimoniários, enquanto se canta o hino Vinde, Espírito Criador (Veni Creator Spiritus).

INVITATÓRIO

2.Chegando ao altar, o presidente osculá-o com os ministros assistentes e incensa-o e, depois, se dirige à sede presidencial, previamente preparada. E, enquanto todos fazem sobre si o sinal da cruz, diz:

℣. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
℟. Socorrei-me sem demora.

3.O presidente prossegue:

℣. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
℟. Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

HINO

4.Ainda de pé, todos recitam o hino, intercalando entre si cada estrofe.

Ave, do mar Estrela,
bendita Mãe de Deus,
fecunda e sempre Virgem,
portal feliz dos céus.

Ouvindo aquele Ave
do anjo Gabriel,
mudando de Eva o nome,
trazei-nos paz do céu.

Ao cego iluminai,
ao réu livrai também;
de todo mal guardai-nos
e dai-nos todo o bem.

Mostrai ser nossa Mãe,
levando a nossa voz
a Quem, por nós nascido,
dignou-se vir de vós.

Suave mais que todas,
ó Virgem sem igual,
fazei-nos mansos, puros,
guardai-nos contra o mal.

Oh! dai-nos vida pura,
guiai-nos para a luz,
e um dia, ao vosso lado,
possamos ver Jesus.

Louvor a Deus, o Pai,
e ao Filho, Sumo Bem,
com seu Divino Espírito
agora e sempre. Amém..


SALMODIA

5.Todos se sentam. O presidente recita a antífona e o coro recita o salmo.

1ª Ant. Cantai hoje para nós algum canto de Sião! Aleluia.

SALMO 136(137),1-6

Junto aos rios da Babilônia 
 Este cativeiro do povo deve-se entender como símbolo do nosso cativeiro espiritual (Sto. Hilário).

=1 Junto aos rios da Babilônia †
nos sentávamos chorando, *
com saudades de Sião.
–2 Nos salgueiros por ali *
penduramos nossas harpas.

–3 Pois foi lá que os opressores *
nos pediram nossos cânticos;
– nossos guardas exigiam *
alegria na tristeza:
– 'Cantai hoje para nós *
algum canto de Sião!'

=4 Como havemos de cantar †
os cantares do Senhor *
numa terra estrangeira?
=5 Se de ti, Jerusalém, †
algum dia eu me esquecer, *
que resseque a minha mão!

=6 Que se cole a minha língua †
e se prenda ao céu da boca, *
se de ti não me lembrar!
– Se não for Jerusalém *
minha grande alegria!


Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Cantai hoje para nós algum canto de Sião! Aleluia.

6.O presidente recita a antífona e o coro recita o salmo.

2ª Ant. No meio da desgraça me fazeis tornar à vida. Aleluia.

SALMO 137(1138)

Ação de graças

Os reis da terra levarão à Cidade Santa a sua glória (cf. Ap 21,14).


–1 Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, *
porque ouvistes as palavras dos meus lábios!
– Perante os vossos anjos vou cantar-vos *
2 e ante o vosso templo vou prostrar-me.

– Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, *
porque fizestes muito mais que prometestes;
–3 naquele dia em que gritei, vós me escutastes *
e aumentastes o vigor da minha alma. –

–4 Os reis de toda a terra hão de louvar-vos, *
quando ouvirem, ó Senhor, vossa promessa.
–5 Hão de cantar vossos caminhos e dirão: *
'Como a glória do Senhor é grandiosa!'

–6 Altíssimo é o Senhor, mas olha os pobres, *
e de longe reconhece os orgulhosos.
–7 Se no meio da desgraça eu caminhar, *
vós me fazeis tornar à vida novamente;

– quando os meus perseguidores me atacarem *
e com ira investirem contra mim,
– estendereis o vosso braço em meu auxílio *
e havereis de me salvar com vossa destra.

–8 Completai em mim a obra começada; *
ó Senhor, vossa bondade é para sempre!
– Eu vos peço: não deixeis inacabada *
esta obra que fizeram vossas mãos!

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant.   No meio da desgraça me fazeis tornar à vida. Aleluia.

7.No cântico que se segue, o presidente recita a antífona e o coro o Cântico.

3ª Ant. A vós pertencem a grandeza e o poder,
toda a glória e majestade, aleluia.

Cântico Ap 4, 11; 5,9-10.12

Hino dos Remidos

–4,1 Vós sois digno, Senhor nosso Deus, *
de receber honra, glória e poder!

(R. Poder, honra e glória ao Cordeiro de Deus!)

=5,9 Porque todas as coisas criastes, †
é por vossa vontade que existem *
e subsistem porque vós mandais. (R.)

= Vós sois digno, Senhor nosso Deus, †
de o livro nas mãos receber *
e de abrir suas folhas lacradas! (R.)

– Porque fostes por nós imolado; *
para Deus nos remiu vosso sangue
– dentre todas as tribos e línguas, *
dentre os povos da terra e nações. (R.)

=10 Pois fizestes de nós, para Deus, †
sacerdotes e povo de reis, *
e iremos reinar sobre a terra. (R.)

=12 O Cordeiro imolado é digno †
de receber honra, glória e poder, *
sabedoria, louvor, divindade! (R.)

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém

Ant. A vós pertencem a grandeza e o poder,
toda a glória e majestade, aleluia.

LEITURA BREVE
CL 2Ts, 2, 13-14

8.Um dos ministros auxiliares se levanta e se dirige ao ambão, de onde recita a leitura breve.

Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva.

HOMILIA

9. Terminada a leitura breve, o presidente faz sua reflexão.

ENTREGA DA BULA DE CONDECORAÇÃO

10. Após a reflexão, dá-se início ao rito de entrega da Bula de Condecoração com a leitura da mesma Bula a qual será feita por um presbítero, do ambão.

 

CLEMENS EPISCOPVS,
SERVVS SERVORVM DEI.

Aos diletos filhos aqui condecorados,
saúde, paz e bênção apostólica.
 
A perene aliança de Cristo com sua Igreja encontra reflexo no ministério sacerdotal, sinal do amor eterno de Deus pelo seu povo (cf. Ef 5,24-25). Tal aliança é vivida cotidianamente por meio da entrega zelosa de presbíteros que, configurados a Cristo Sacerdote, atuam como pastores, mestres da fé e servidores do altar. Reconhecendo o valor deste ministério e os méritos daqueles que, com fidelidade e amor, dedicam suas vidas à edificação do Reino de Deus, a Sé Apostólica confere títulos honoríficos como sinal de apreço e estímulo ao serviço contínuo.

De acordo com o Motu Proprio Ordine ad Presbyterus, reiteramos que tais dignidades não são títulos de prestígio mundano, mas sinais visíveis de comunhão eclesial e de estímulo para o impulso evangelizador. Os títulos honoríficos, como reflexo do serviço eclesial, são meios de animar a renovação missionária no clero, para que este exerça seu apostolado com ardor e humildade.

Portanto, depois de consultarmos os prelados das diversas Igrejas Particulares e examinarmos as razões, qualidades e aptidões apresentadas, decretamos a Concessão das Dignidades Honoríficas a seguir:

COLÉGIO DOS PROTONOTÁRIOS

Conferimos a dignidade de Protonotário Apostólico Numerário aos seguintes presbíteros, reconhecendo os serviços em prol da Liturgia Orante que promoverão junto ao Cabido de São Pedro em favor de toda a Igreja: 

 S. Rv.mª João Pedro, incardinado à Diocese de Belém. 


Também dispomos que, aqueles que recebem estas dignidades somente estão autorizados a usar as vestes eclesiásticas apropriadas à sua nova condição, conforme as disposições do supracitado Motu Proprio Ordine ad Presbyterus, das normas litúrgicas e dos bons costumes, a partir da entrega das insígnias. Esta entrega deve ocorrer “em celebração, seja Eucarística, seja da Palavra ou da Liturgia das Horas, presidida pelo Delegado Pontifício ou pelo Bispo Diocesano, logo após a homilia. Para tal ocasião, lê-se a condecoração enviada pelo Santo Padre e o presidente entrega nas mãos do monsenhor o seu barrete sem nada dizer, então o monsenhor o coloca na cabeça e saúda o presidente. Depois, procede-se o rito como de costume” (N.º 8). Sendo Prelado de Honra, não recebe-se o barrete, devendo-se, se o usar, ser inteiramente negro.

Ademais, reiteramos com veemência que este título, de natureza honorífica, não altera a missão fundamental do sacerdote, que permanece dedicada à pregação do Evangelho, à celebração dos sacramentos e ao serviço da comunidade cristã. Deste modo, exortamos os sacerdotes assim honrados a continuarem desempenhando seu ministério com humildade e espírito de serviço, lembrando-se de que toda honra na Igreja deve ser orientada para a maior glória de Deus e a edificação de seu povo.

Finalmente, suplicamos que a Santíssima Virgem Maria, Mãe da Igreja, acompanhe estes presbíteros em sua missão e os inspire a seguir o exemplo do Sumo e Eterno Sacerdote, Jesus Cristo.

Dado em Roma, junto de São Pedro, aos dois dias do mês de maio, do Ano Santo do Jubileu de 2025 - Peregrinos de Esperança, segundo de nosso Pontificado.



Clemens Pp. III
Pontifex Maximvs


11. Acabada a leitura da Bula, o neo-prelado se aproxima do presidente, se ajoelha e recebe, em silêncio, o barrete e a Bula.

12. Após a entrega, o neo-prelado saúda o presidente e posteriormente é saudado pelos irmãos de colegiado.


RESPONSÓRIO BREVE

13.Após a leitura e/ou a reflexão, todos se levantam. O presidente prossegue com o responsório, ao qual todos respondem.


℣. Maria, alegra-te, ó cheia de graça; o Senhor é contigo! * Aleluia, aleluia. 
℟. Maria, alegra-te, ó cheia de graça; o Senhor é contigo! * Aleluia, aleluia. 

℣. És bendita entre todas as mulheres da terra
e bendito é o fruto que nasceu do teu ventre!
℟.Aleluia, aleluia. 

℣. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
℟.  Maria, alegra-te, ó cheia de graça; o Senhor é contigo! * Aleluia, aleluia. 

CÂNTICO EVANGÉLICO
LC 1,46-55

14.O presidente recita a antífona e o coro o Cântico. No início do primeiro verso após a antífona, todos fazem sobre si o sinal da cruz.

15.O presidente incensa a cruz e o altar. Depois, é incensado, bem como, o povo.

Ant. És feliz porque creste, Maria,
pois em ti a Palavra de Deus
vai cumprir-se conforme ele disse. Aleluia.

A alegria da alma no Senhor

–⁴⁶A minha alma engrandece ao Senhor *
⁴⁷e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador;
–⁴⁸porque olhou para humildade de sua serva, *
doravante as gerações hão de chamar-me de bendita.

–⁴⁹O Poderoso fez em mim maravilhas *
e Santo é o seu nome!
–⁵⁰Seu amor para sempre se estende *
sobre aqueles que o temem;

–⁵¹manifestou o poder de seu braço, *
dispersou os soberbos;
–⁵²derrubou os poderosos de seus tronos *
e elevou os humildes;

–⁵³saciou de bens os famintos, *
despediu os ricos sem nada.
–⁵⁴Acolheu Israel, seu servidor, *
fiel ao seu amor,

–⁵⁵como havia prometido a nossos pais, *
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. És feliz porque creste, Maria,
pois em ti a Palavra de Deus
vai cumprir-se conforme ele disse. Aleluia.

PRECES

16.Acabado o Cântico Evangélico, um outro dos ministros auxiliares se dirige ao ambão para recitar as preces. O presidente inicia com a introdução.

Proclamemos a grandeza de Deus Pai todo-poderoso: Ele quis que Maria, Mãe de seu Filho, fosse celebrada por todas as gerações. Peçamos humildemente:
℟. Cheia de graça intercedei por nós!

1. Deus, autor de tantas maravilhas, que fizestes a Imaculada Virgem Maria participar em corpo e alma da glória celeste de Cristo, conduzi para a mesma glória os corações de vossos filhos e filhas. ℟.

2. Vós, que nos destes Maria por Mãe, concedei, por sua intercessão, saúde aos doentes, consolo aos tristes, perdão aos pecadores, e a todos a salvação e a paz. ℟.

3. Vós, que fizestes de Maria a cheia de graça, concedei a todos a abundância da vossa graça. ℟.

4. Fazei, Senhor, que a vossa Igreja seja, na caridade, um só coração e uma só alma, e que todos os fiéis perseverem unânimes na oração com Maria, Mãe de Jesus. ℟.

5. Pelos membros da nossa Comunidade, para que, celebrando seu Jubileu de 10 anos de missão e evangelização, renovem seu compromisso, louvem a Deus e O sirvam nos mais necessitados. ℟.

6. Vós, que coroastes Maria como rainha do céu, fazei que nossos irmãos e irmãs falecidos se alegrem eternamente em vosso reino, na companhia dos santos. ℟.

17.Concluindo, o presidente motiva à oração dominical:

Recolhamos agora nossos louvores e pedidos com as palavras do próprio Cristo, e digamos:

e prossegue com o povo, cantando.:

℟. Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

ORAÇÃO

18.Terminado a oração dominical, o presidente diz:

Oremos.

E todos oram com o mesmo, por algum tempo, em silêncio.
Então o presidente reza a oração.

Ó Deus, que nos destes a Mãe do vosso Filho como nossa Mãe, concedei-nos que, perseverando em penitência e oração pela salvação do mundo, possamos promover cada dia mais o reino de Cristo. Ele, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
℟. Amém.

CONCLUSÃO DA HORA

19.Concluindo o ofício, dá-se a bênção final.

℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.

O presidente abençoa o povo dizendo:

℣. Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo.
℟. Amém.

20.Então o presidente conclui.

℣. Ide em paz, este Ofício acabou.
Bendigamos ao Senhor.
℟. Graças a Deus.

E, como no início, todos se retiram.

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