Rito de Posse - Fora da Missa

 

SUBSÍDIO LITÚRGICO

Rito de Posse Paroquial - Fora da Missa

Nesta ocasião, onde por motivos pastorais ou circunstâncias pessoais não puder ser realizada a Celebração Eucarística, esteja o Bispo ou seu delegado devidamente paramentado com Capa Pluvial e Estola, ou com a Veste Coral e Estola, e o novo Pároco devidamente trajado com sua Veste Talar usual.

 Onde as circunstâncias o permitirem, o Bispo e o novo Pároco serão recebidos nos limites da paróquia e acompanhados em procissão até à porta da igreja. Aí, o Bispo entrega-lhe as chaves da Igreja e pede que abra a porta principal, dizendo:

Pres.: Recebe as chaves da igreja e cuida da parte do povo de Deus que te é confiada. Desempenha, com verdadeira caridade e contínua alegria, a missão de pároco, procurando, em tudo, agradar a Cristo, o Bom Pastor, do qual foi constituído ministro.
Ass.: Amém.

Logo em seguida apresenta-se ao Bispo o crucifixo e o aspersório, exceto se depois se fizer a aspersão em vez do ato penitencial. O Bispo de cabeça descoberta, asperge-se a si mesmo e aos presentes; e depois devolve o aspersório. Em seguida dirige-se com o novo Pároco para o lugar onde se guarda o Santíssimo Sacramento e aí faz uma breve oração.

Retornando para o presbitério, o Bispo inicia a celebração, dizendo:

Pres.: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Ass.: Amém.


O celebrante, voltado para o povo e abrindo os braços, saúda-o:

Pres.: A paz esteja convosco.

Ass.: O amor de Cristo nos uniu.


Leitura do documento de Nomeação / Provisão

Todos sentam-se. O Bispo recebe a mitra. O Chanceler do Bispado ou outro presbítero designado faz a leitura do documento. No final a assembleia aclama a nomeação do novo Pároco.

Lida a nomeação o Bispo ainda sentado, dirige-se ao novo Pároco com as seguintes palavras:
Pres.: Querido filho, hoje vos é confiada a missão de dirigir o povo cristão desta Paróquia N. e de ensiná-los o que a Igreja recebeu de Jesus Cristo. Para isso, convém que agora, na presença deste mesmo povo, professes publicamente aquela mesma fé que lhes deve ensinar.

O Pároco então professa sua fé.

Pároco: Eu N. creio firmemente e professo todas e cada uma das verdades contidas no Símbolo da Fé, a saber: Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém. Com firme fé também creio tudo o que na palavra de Deus escrita ou transmitida se contém e que é proposto como divinamente revelada e de fé pela Igreja, quer em solene definição, quer pelo magistério ordinário e universal. Firmemente também acolho e guardo todas e cada uma das afirmações que são propostas definitivamente pela mesma Igreja, a respeito da doutrina sobre a fé e os costumes. Enfim presto minha adesão com religioso acatamento de vontade e inteligência às doutrinas enunciadas, quer pelo Romano Pontífice, quer pela Conferência dos Bispos, ao exercer o Magistério autêntico, ainda que não sejam proclamadas por ato definitivo.

O novo pároco impondo sua mão direita sobre o evangeliário, diz:

Eu, padre N., ao assumir o Ofício de Pároco da Paróquia N., na Diocese de Belém, prometo conservar sempre a comunhão com a Igreja católica, quer em palavras por mim proferidas, quer em meu procedimento. Com grande diligência e fidelidade desempenharei os ofícios, pelos quais estou ligado em função da Igreja, tanto universal, como particular, na qual, conforme as normas do direito, sou chamado a exercer meu ofício. Ao desempenhar meu ofício, que em nome da Igreja me foi conferido, guardarei integralmente o depósito da fé, que com fidelidade transmitirei e explicarei; quaisquer doutrinas, portanto, contrárias a este depósito, serão por mim evitadas. Hei de seguir e promover a disciplina comum de toda a Igreja, e acatar a observância de todas as leis eclesiásticas, sobretudo aquelas que estão contidas no Código de Direito Canônico. Com cristã obediência seguirei o que declaram os sagrados Pastores, como autênticos doutores e mestres da fé ou o que estabelecem como orientadores da Igreja, e prestarei fielmente auxílio aos Bispos Diocesanos, a fim de que a ação apostólica, a ser exercida em nome e por mandato da Igreja, se realize em comunhão com a mesma Igreja. Assim Deus me ajude e os Santos Evangelhos, que toco com minhas mãos.

Ao término da celebração, na sacristia, o novo Pároco deve assinar os documentos da profissão de fé, juramento de fidelidade e ata de posse juntamente com o Bispo e os demais presbíteros.


Em seguida, faz-se as leituras do dia, conforme a Liturgia da Palavra:


PRIMEIRA LEITURA


O leitor dirige-se ao ambão para a primeira leitura, que todos ouvem sentados.
Ao final acrescenta:
Leitor: Palavra do Senhor.
Todos aclamam:
Ass.: Graças a Deus.

(Após as leituras, é aconselhável um momento de silêncio para meditação.)

O salmista ou o cantor recita o salmo, e o povo o estribilho.

Se houver segunda leitura, o leitor a fará no ambão, como acima.

Ao final acrescenta:
Leitor: Palavra do Senhor.
Todos aclamam:
Ass.: Graças a Deus.

Segue-se o Aleluia ou outro canto.

No Evangelho, mesmo que haja diáconos, neste dia convém que seja proclamado pelo novo Pároco. Como de costume, primeiro o Bispo deita incenso no turíbulo, em seguida o novo Pároco se aproxima do Bispo, pede-lhe a benção e recebe o Evangeliário. O Bispo entrega-lhe dizendo:

Pres.: Recebe o Evangelho de Cristo, do qual foste constituído mensageiro. Transforma em fé viva o que leres, ensina aquilo que creres e procura realizar o que ensinares.

Sac.: Dá-me a tua bênção.

O celebrante diz em voz baixa:

Pres.: O Senhor esteja em teu coração e em teus lábios para que possas anunciar dignamente o seu Evangelho: em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Sac.: Amém.


Se não houver diácono, o celebrante, inclinado diante do altar, reza em silêncio;
Pres.: Ó Deus todo-poderoso, purificai-me o coração e os lábios, para que eu anuncie dignamente o vosso santo Evangelho.


O diácono ou o sacerdote dirige-se ao ambão, acompanhado, se for oportuno, pelos ministros com o incenso e as velas, e diz:

Sac.: O Senhor esteja convosco.

Ass.: Ele está no meio de nós.


O diácono, ou o sacerdote, fazendo o sinal da cruz no livro e, depois, na fronte, na boca e no peito, diz:
Sac.: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo ✠ N.
Ass.: Glória a vós, Senhor.


Então o diácono ou o sacerdote, se for oportuno, incensa o livro e proclama o Evangelho.


Terminado o Evangelho, o diácono ou o sacerdote diz:
Diác. ou Sac.: Palavra da Salvação.
O povo aclama:
Ass.: Glória a vós, Senhor.


Terminada a homilia, o novo Pároco aproxima-se do Bispo que está na sede de báculo e mitra; e permanecendo de pé diante do Bispo renova suas promessas que fez na ordenação, respondendo às perguntas:
Pres.: Filho caríssimo, diante do povo que será entregue aos teus cuidados, renova o propósito de prometeste na ordenação.
Queres desempenhar sempre o teu encargo, como fiel cooperador da Ordem episcopal, apascentando o rebanho do Senhor sob a direção do Espírito Santo?
Pároco: Quero.


Pres.: Queres celebrar com devoção e fidelidade os mistérios de Cristo, para louvor de Deus e santificação do povo cristão, segundo a tradição da Igreja?
Pároco: Quero.


Pres.: Queres unir-te, cada vez mais ao Cristo, Sumo Sacerdote, que se entregou ao Pai por nós, e ser com ele consagrado a Deus para a salvação dos homens?
Pároco: Quero.


Pres.: Queres com dignidade e sabedoria desempenhar o ministério da palavra, proclamando o Evangelho e ensinando a fé católica?

Pároco: Quero, com a graça de Deus.


O Bispo Prelado:

Pres.: Prometes reverência e obediência a mim e aos meus sucessores? (Ao nosso Bispo Prelado?)

Pároco: Prometo.

Pres.: Deus, que te inspirou este bom propósito, te conduza mais à perfeição.

O Bispo levanta-se e convida o novo Pároco a sentar-se na Sede, dizendo:
Pres.: Na pessoa do Bispo, Jesus, o Bom Pastor, está presente no meio do seu povo. Com efeito, é ele quem por nós, seus ministros, continua a anunciar o Evangelho e a presidir à oração dos seus fiéis. Também tu, como cooperador do teu Bispo, ocupando esta Sede, serás a imagem de Jesus Cristo, pregarás o seu Evangelho e presidirás à oração da Igreja que se reúne nesta paróquia.

Nas celebrações em que o delegado episcopal preside, proceda-se desse modo:
Pres.: Representando a pessoa de nosso Bispo, Jesus, o Bom Pastor, está presente no meio do seu povo. Com efeito, é ele quem por nós, seus ministros, continua a anunciar o Evangelho e a presidir à oração dos seus fiéis. Também tu, como cooperador do teu Bispo, ocupando esta Sede, serás a imagem de Jesus Cristo, pregarás o seu Evangelho e presidirás à oração da Igreja que se reúne nesta paróquia.


Em seguida, apresenta ao pároco o batistério.

Pres.: Recebe os objetos de uso para o batismo dos novos filhos de Deus. Cuida para que a vida divina recebida neste sacramento cresça e se desenvolva sempre mais no coração dos fiéis.


Depois do batistério, o celebrante apresenta ao novo pároco o confessionário, entregando a ele a estola.
Pres.: Recebe a estola roxa, veste usual para a administração do Sacramento da Penitência. Sê zeloso nesse ministério e distribui aos pecadores as riquezas da misericórdia infinita do Senhor.


O novo Pároco abre o sacrário, o Bispo põe incenso no turíbulo e convida o Pároco a incensar a santíssimo sacramento. Durante a incensação o Bispo retira o solidéu e ajoelha-se, junto com os seus ministros. Enquanto isso o coro e os fiéis entoam um canto eucarístico.
Pres.: Recebe a chave do sacrário preparado para reservar o sacramento do Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus Cristo: cuida de levar a Eucaristia aos moribundos e aos demais enfermos; sê assíduo em adorar o Santíssimo Sacramento do Altar e ensina a teus fiéis a visitar Nosso Senhor Jesus Cristo presente na santa Eucaristia.


Após toda a apresentação, o celebrante e o novo pároco retornam ao presbitério e continuam a celebração.

CONCLUSÃO DO RITO
Entrando na conclusão do rito, o Bispo reza junto com todos os presentes, a oração do Pai-Nosso. Pres.: Obedientes à palavra do Salvador e formados por seu divino ensinamento, ousamos dizer: E todos rezam: Ass.: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Pres.: Oremos. E todos ficam de pé, enquanto se reza a oração do dia, e ao final todos respondem: Ass.: Amém O Bispo encerra concedendo a benção final, com as seguintes invocações ou outras semelhantes: Pres.: O Senhor esteja convosco. Ass.: Ele está no meio de nós. Pres.: O Senhor vos abençoe e vos guarde. Ass.: Amém Pres.: Ele vos mostre seu rosto e se compadeça de vós. Ass.: Amém Pres.: Volte para vós o seu olhar, e vos dê a sua paz. Ass.: Amém Pres.: Abençoe-vos Deus todo-poderoso: Pai e Filho + e Espírito Santo. Ass.: Amém Pres.: A alegria do Senhor seja a vossa força; ide em paz e que o Senhor vos acompanhe. Ass.: Graças a Deus.


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PASTORAL DE LITURGIA - DIOCESE DE BELÉM

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